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"A Fonoaudiologia é a ciência que tem como objeto de estudo a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na função vestibular, na função cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orofaciais e na deglutição." Fonte: Plenário do CFFa durante a 78ª SPO - março de 2004.
A avaliação fonoaudiológica consiste em uma entrevista inicial, na qual se buscam os motivos da procura, levantam-se dados do desenvolvimento, da saúde geral e outras informações relevantes para o caso. Seguida do exame fonoaudiológico e juntamente com outros exames complementares, é avaliada a queixa do paciente e diagnosticada a natureza de seu problema, suas causas e consequências. Por fim, é feita a reunião (devolutiva) com o paciente e/ou com seu responsável, quando são informados os resultados da avaliação, os eventuais procedimentos terapêuticos e as orientações específicas para cada caso.
A Clínica Cognitiva realiza avaliações fonoaudiológicas nos seguintes âmbitos:
* Linguagem Oral – Atraso no desenvolvimento da linguagem e da fala, apraxia da fala na infância e fluência da fala em crianças, adolescentes e adultos (disfluências);
* Linguagem Escrita – Aprendizagem, leitura e escrita;
* Funções Oromiofuncionais – Respiração, sucção, mastigação e deglutição;
* Voz.
A terapia fonoaudiológica é realizada após a avaliação. É definido o planejamento terapêutico, as alterações e dificuldades do paciente que serão trabalhadas. A frequência e o tempo de terapia dependem de vários fatores. Dentro das terapias de linguagem, fala e voz, estratégias fonoaudiológicas aliadas a técnicas musicoterapêuticas.
A audiometria tonal é um exame que avalia a audição de maneira subjetiva e tem como objetivo identificar a mínima quantidade de energia sonora que o indivíduo é capaz de perceber nas frequências de 250 a 8000 Hz, utilizando estímulo de tom puro. Detecta perdas auditivas, fornecendo informações sobre o tipo, configuração e grau de alteração em cada orelha, possibilitando intervenções apropriadas.
A logoaudiometria ou audiometria vocal é um teste realizado com a apresentação de palavras e tem como objetivo avaliar a habilidade do indivíduo de perceber e reconhecer os sons da fala.
A imitância acústica ou impedanciometria/imitanciometria é um exame objetivo que fornece informações sobre a pressão da orelha média, as condições da membrana timpânica, a cadeia ossicular e o funcionamento da tuba auditiva. Investiga também a presença ou ausência dos reflexos do músculo estapédio.
O processamento auditivo central (PAC) é a maneira pela qual o cérebro reconhece e interpreta as informações sonoras.
A avaliação do processamento auditivo central é um exame subjetivo realizado com uma bateria de testes verbais e não verbais padronizados e normatizados, com o objetivo de avaliar as funções auditivas centrais (figura-fundo, interação binaural, resolução temporal, padronização temporal, separação e integração binaural). É indicada a partir dos 7 anos de idade.
A terapia do processamento auditivo central é indicada quando as funções auditivas centrais estão deficitárias. O treinamento auditivo é a estratégia terapêutica recomendada para a estimulação das funções auditivas centrais, podendo ser realizado o treinamento auditivo acusticamente controlado (TAAC) ou sem o controle acústico.
Atenção a estas características:
- Atenção auditiva curta.
- Dificuldade para compreender o que é falado.
- Pede para repetir com frequência o que é falado.
- Dificuldade de memória auditiva.
- Atraso no desenvolvimento da linguagem oral.
- Dificuldade em compreender piadas, metáforas e leitura.
- Alterações na fala e/ou escrita.
- Dificuldade no desenvolvimento da linguagem escrita.
- Dificuldades na aprendizagem.
- Dificuldade no aprendizado da segunda língua.
Em caso de suspeita de dificuldades auditivas procure orientações de um médico ou fonoaudiólogo.
A investigação do processamento auditivo central traz benefícios para o indivíduo, reduzindo o impacto do transtorno das dificuldades auditivas no seu dia a dia, otimizando a terapia fonoaudiológica e permitindo o direcionamento para outras condutas quando necessário.
A Psicopedagogia tem por objetivo estudar, prevenir e corrigir as dificuldades que um indivíduo possa apresentar no seu processo de aprendizagem. Para tanto, o trabalho psicopedagógico compreende a avaliação, a intervenção, a parceria com a escola e com a família do aprendiz.
A avaliação psicopedagógica contempla testes específicos de acordo com a necessidade de cada aprendiz, a fim de investigar o processo de aprendizagem do indivíduo e compreender a origem da dificuldade e/ou distúrbio apresentado. Envolve, ainda, entrevistas e devolutivas com os responsáveis e com a escola.
A intervenção psicopedagógica é a interferência que o profissional faz sobre o processo de desenvolvimento ou aprendizagem do indivíduo. Tem como objetivo de estimular e corrigir, através de instrumentos que contribuem para o processo de aprender, favorecendo o seu constante desenvolvimento cognitivo, afetivo e emocional.
As profissionais da Clínica Cognitiva oferecem intervenções cognitivas baseadas na Experiência de Aprendizagem Mediada – EAM, na Avaliação do Potencial de Aprendizagem – Learning Potential Assessment Device (LPAD) e no Programa de Enriquecimento Instrumental – PEI.
A Experiência de Aprendizagem Mediada (EAM), concebida pelo psicólogo e professor Reuven Feuerstein, refere-se à natureza e à qualidade de toda interação humana destinada a produzir mudanças significativas e duradouras no indivíduo, com o objetivo de promover o seu potencial para buscar novas alternativas para as solicitações da vida.
O Programa de Enriquecimento Instrumental é uma ferramenta de intervenção cognitiva, desenvolvido pelo psicólogo israelense Reuven Feuerstein, para qualquer faixa etária a partir dos oito anos, independentemente do nível de funcionamento intelectual. Tem como objetivo principal instrumentalizar o indivíduo para a busca de soluções eficazes aos problemas enfrentados, bem como conscientizá-lo do seu processo cognitivo atual. É constituído de catorze instrumentos que visam trabalhar a modificabilidade das estruturas cognitivas e a capacidade de aprendizagem do indivíduo.
Para estimar a modificabilidade do indivíduo e o nível do seu potencial de aprendizagem, Reuven Feuerstein criou o método de Avaliação do Potencial de Aprendizagem – Learning Potential Assessment Device (LPAD), que representa uma abordagem dinâmica de avaliação para detectar as funções cognitivas eficientes e deficientes, buscando identificar os fatores afetivo-motivacionais que contribuem para a elevação do nível de funcionamento.